
Abraão série (personagens bíblicos)
- irmaodenis
- 7 de set. de 2024
- 7 min de leitura
Olá tudo bem com vocês, eu sou o irmaodenis e dando continuidade a série personagens bíblicos vamos nesse artigo falar da história de Abraão que é marcada pelas promessas de Deus.
Inicialmente Abraão se chamava “Abrão”, que significa “pai exaltado” ou “grande pai”. Em Gênesis 17 o nome do então Abrão, é mudado para Abraão, dando maior ênfase à ideia de exaltação, significando “pai de muitos” ou “pai de uma multidão”. Abraão tinha noventa e nove anos quando teve seu nome mudado por Deus.
Não foi apenas o nome de Abraão que foi mudado naquela ocasião, mas o nome de sua esposa também. De Sarai, ela passou a se chamar Sara, porque também seria mãe de uma grande nação.
As mudanças nos nomes tem a ver com a promessa feita por Deus a Abrão, começando ainda em Gênesis 12. Depois, já no capítulo 15 de Gênesis, Deus promete a Abraão que ele ainda seria pai, e que seu servo Eliézer não seria o herdeiro de sua casa. Sua descendência seria incontável como as estrelas do céu.
Novamente no capítulo 17 de Gênesis, mesmo após o nascimento de Ismael, Deus reafirma sua promessa a Abraão de que ele seria pai de muitas nações e que de Sara, na ocasião com noventa anos, ainda seria mãe. Deus então fez um pacto com Abraão, selado pelo sinal da circuncisão e, por fim, com o nascimento de Isaque, o filho da promessa.
Deus anunciou que Abraão teria uma grande descendência ainda no capítulo 15 de Gênesis. Mas Sara, vendo que não era capaz de conceber um filho de Abraão, ofereceu sua serva Agar a Abraão. Então de Abraão Agar concebeu a Ismael. Esse costume de uma serva conceber um filho do seu senhor era uma prática comum da época. Abraão tinha oitenta e seis anos quando Ismael nasceu.
Mais tarde, após o nascimento de Isaque, Agar e seu filho, Ismael, foram despedidos por Abraão. Eles saíram pelo deserto de Berseba. Em Gênesis 21:13, Deus avisa que também faria de Ismael uma grande nação, porque também era descendente de Abraão. É através de Ismael que os árabes estabelecem sua origem até Abraão.
Abraão, Isaque e o sacrifício
Isaque foi o filho da promessa que nasceu quando Abraão já tinha cem anos. O nome Isaque significa “rir” ou “riso”. Isaque se tornou o centro de toda esperança de Abraão em relação às promessas que Deus havia feito, porém Deus pediu Isaque em sacrifício a Abraão.
O maior dilema que Abraão poderia ter enfrentado era que, além do amor que sentia por seu filho, o fato de que a promessa de Deus poderia não se cumprir. Mas não foi isso que aconteceu, ao contrário, a Bíblia diz que Abrão confiou totalmente na fidelidade de Deus, e considerou que Deus poderia fazer com que Isaque ressuscitasse dos mortos para que a promessa fosse cumprida.
Por fim, a fidelidade de Abraão foi demonstrada, e Deus preparou um cordeiro para substituir Isaque naquele sacrifício.
Os outros filhos de Abraão e sua morte
Abraão tomou outra mulher para si chamada Quetura, talvez após a morte de Sara. Os estudiosos discutem se Quetura realmente foi uma segunda esposa ou apenas uma segunda concubina. O que podemos afirmar é que com Quetura ele teve mais seis filhos: Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Jisbaque e Suá (Gênesis 25:2). Através dos filhos que teve com Quetura, Abraão se tornou também o pai de outros povos, como os midianitas.
A Bíblia diz que Abraão viveu 175 anos, e foi sepultado por Isaque e Ismael no campo de Efrom. A Bíblia também afirma que tudo o que ele tinha deu a Isaque. Para os demais filhos, a Bíblia diz que Abraão deu presentes.
A história de Abraão no Novo Testamento
Existem 74 referências a Abraão nos livros do Novo Testamento, ficando apenas atrás de Moisés que possuí 79.
No Novo Testamento, Deus é chamado de “o Deus de Abraão” (Mateus 22:32; Atos 7:32). Na genealogia de Jesus no Evangelho de Mateus 1:1 ele aparece como antecessor do Messias e, além de pai dos israelitas segundo a carne, também é o pai espiritual de todos aqueles que compartilham a fé em Cristo (Mateus 3:9; João 8:33; Atos 13:26; Romanos 4:11; Gálatas 3:29).
A fé de Abraão é o modelo de fé que devemos ter (Romanos 4:3-11). Por tamanha fé ele esta presente na galeria dos Heróis da Fé na Epístola aos Hebreus (Hebreus 11:8-19).
A historicidade da vida de Abraão
Embora não exista nenhum relato extrabíblico sobre a história de Abraão (apenas algumas prováveis evidencias em escritos babilônicos), tudo o que a arqueologia já descobriu sobre a civilização da época de Abraão faz com que muitos estudiosos classifiquem os relatos bíblicos como uma descrição perfeita do período que é apresentado.
A guerra entre os quatro reis do Egito contra os reis locais no capítulo 14 de Gênesis, por exemplo, é considerado por arqueólogos um dos relatos mais detalhados sobre o assunto, com uma precisão geográfica impressionante.
Abraão é o pai do povo hebreu.
Abraão é considerado o pai da fé porque o Novo Testamento ensina que todos que têm fé em Jesus são descendentes espirituais de Abraão.
A Bíblia não esclarece praticamente nada da vida de Abraão antes dos 75 anos de idade.
Abraão foi pai de Isaque com 100 anos de idade.
Abraão era quase um nômade, porém era um homem muito poderoso e rico.
Ele era um homem de paz, mas utilizava seus servos como um exército em conflitos ocasionais (Gênesis 14).
Abraão teve encontros pessoais com Deus (Teofanias), e em um deles Deus, em forma humana,visitou Abraão acompanhado por dois anjos (Gênesis 12:7-9; 18:1-33).
Abraão também recebeu a palavra de Deus em sonhos (Gênesis 15:12-17).
Foi chamado pelo próprio Deus de profeta (Gênesis 20:7).
Por duas vezes escondeu que Sara era sua esposa (Gênesis 12:11-13; 20:5).
Abraão é chamado de “amigo de Deus” (2 Crônicas 20:7; Tiago 2:23).
Abraão é uma figura central nas três grandes tradições monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo. Considerado um patriarca e um modelo de fé, sua história e ensinamentos atravessam milênios e culturas.
A narrativa de Abraão começa no livro de Gênesis, onde ele é chamado por Deus para deixar sua terra natal e ir para uma nova terra prometida. Essa jornada não apenas estabelece a fé de Abraão, mas também o marca como um exemplo de obediência e confiança na divindade. Em diferentes tradições, seus desafios e provações moldam a maneira como os fiéis devem entender sua relação com Deus.
A importância de Abraão no Judaísmo:
No judaísmo, Abraão é visto como o fundador da nação de Israel e o primeiro a reconhecer o Deus único. Ele é frequentemente chamado de "Abraão, o patriarca" e é exaltado por sua fé inabalável. As promessas feitas a ele por Deus, incluindo a formação de um grande povo, são fundamentais para a história judaica e a formação da identidade do povo hebreu.
A figura de Abraão no Cristianismo:
Para os cristãos, Abraão também é uma figura exemplar, representando a fé verdadeira. No Novo Testamento, Abraão é mencionado como um modelo de fé que justifica os crentes. Através de sua fé, ele não apenas se torna um ancestral físico, mas um pai espiritual, simbolizando a ligação entre Deus e a humanidade através de Jesus Cristo.
No Islamismo, Abraão, conhecido como Ibrahim, é venerado como um profeta e um mensageiro de Deus. Ele é considerado o pai das nações árabes e um símbolo de submissão à vontade divina. O Alcorão narra várias histórias sobre Ibrahim, enfatizando sua disposição para sacrificar seu filho em obediência a Deus, o que é lembrado durante o Eid al-Adha.
Os ensinamentos de Abraão giram em torno da ética da fé, da justiça e da obediência. Sua disposição para enfrentar provas e desafios ressoa com os princípios de coragem e resiliência em tempos de adversidade. Ele encoraja os fiéis a confiar em Deus sem questionar e a agir com integridade em suas vidas diárias.
A figura de Abraão transcende as tradições religiosas, unindo-as em um legado de fé e ética. Sua história não apenas moldou as crenças de milhões, mas continua a ser uma fonte de inspiração e reflexão sobre a natureza da divindade e o papel do ser humano na busca pela verdade. Abraão permanece, assim, uma figura atemporal, necessária para o entendimento das tradições religiosas que ele ajudou a estabelecer.
Como já escrevemos a bíblia registra uma segunda núpcias de Abraão após a morte de Sara. Com a união de Abraão e Quetura, foram gerados mais seis filhos,dando origem a outros povos, inclusive os midianitas.
E Abraão tomou outra mulher; o seu nome era Quetura. E gerou-lhe Zinrã, e Jocsã, e Medã, e Midiã, e Isbaque e Sua. (Gênesis 25:1 e 2)
"Abraão e os três Anjos às portas do purgatório", gravura de Gustave Doré (1832-1883) ilustrando a concepção de Dante Alighieri relatada na Divina Comédia (1321)
Indaga-se se Abraão teria mesmo se casado com Quetura ou se ela foi apenas uma segunda concubina depois de Agar. A Bíblia pouco fala a seu respeito, sendo possível apenas fazer a suposição de que ela teria vivido com o patriarca as últimas décadas de sua vida.
De acordo com o livro apócrifo de Jubileus, em 19:11, Abraão teria escolhido a Quetura entre os servos de sua casa porque Agar morrera antes de Sara.
A morte de Abraão
A morte de Abraão é comentada no capítulo 25 de Gênesis, o qual teria vivido cento e setenta e cinco anos e foi sepultado na Cova de Macpela por Isaque e Ismael.[26]
Tudo o que tinha deixou de herança para Isaque, guardando apenas presentes para os filhos de Agar e de Quetura. Os registros referem que todas as propriedades de Abraão foram para o seu filho Isaac, o filho de Sara, a qual tinha o status de esposa. Agar não foi esposa de Abraão, mas sim uma concubina. Quetura foi esposa de Abraão após a morte de Sara.
Considerando que Isaque tornou-se o pai de Jacó e de Esaú, Abraão deve ter convivido com os netos durante quinze anos, muito embora o livro de Gênesis não mencione sobre esses contatos.
Depois de Moisés, é o personagem do Antigo Testamento mais citado no Novo Testamento.
Artigo
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